O filme “Verônica Decide Morrer”, adaptação estrangeira do livro do escritor brasileiro Paulo Coelho, conta a história de uma mulher que toma uma série de sedativos tentando se matar e acorda em uma clinica psiquiátrica com a notícia de que só tem uma semana de vida já que a dose de medicamentos provocou um aneurisma que pode romper a qualquer momento. O filme passa a importante mensagem de que, muitas vezes, só damos valor a vida e mudamos como ser humano quando o fim da vida material se aproxima.
De uma maneira geral, achei o filme razoavelmente bom. A única crítica que faço a ele é em relação ao genêro. Se tratando de um drama de um personagem que tentou se matar e não deu valor a vida o filme poderia ter sido mais forte e incisivo. Não achei que Veronica se recuperou totalmente, nota-se, por exemplo, que ela não fez nenhum tipo de caridade. O fato dela ter apenas amado uma pessoa, no filme, na minha opinião, ainda a torna uma pessoa pequena.
Recomendo aos leitores assistir este e “A guitarra” e “Into the Wild” que na minha opinião conseguiram preencher melhor a idéia da temática. “Le Scaphandre et le Papillon” também é outro filme que segue a linha dramática da valorização da vida após ela dar uma grande flechada. Este conta a história de um crítico de uma grande revista que sofre um acidente raro e que fica sem conseguir falar e andar. Apenas com o movimento dos olhos ele consegue se comunicar com as pessoas. Assim como nos outros fica notável a mudança como ser humano. Porque, na vida real, essas mudanças só ocorrem, na maioria das vezes, após uma grande desgraça?
Já havia assistido “Ensaio sobre a cegueira” adaptação do livro do escritor José Saramago cujo diretor do filme é o brasileiro Fernando Meirelles. Particularmente, apesar da história ser diferente do filme “Veronica Decide Morrer”, o contexto é o mesmo: abordar a questão existencial do ser humano.
Vê-se uma série de filmes produzidos, no mundo inteiro, com temas pífios e bastante desgastados. Independente do gênero, dever-se-ia explorar mais a questão do ser humano e assim estimular o senso crítico e percepção de mundo do espectador, em um contexto amplo, como nos filmes citados acima. A tecnologia avança e a grande maioria dos filmes diminuem o conteúdo. Isso é estranho e bastante ruim para o cinema de uma maneira geral.
Antigamente, houve grandes filmes humanísticos que tinham grande teor da questão existencial, como Dersu Uzala do diretor Akira Kurusawa. Boa notícia que algumas exceções começam a aparecer e diretores tentam reaver este gênero que por muito tempo ficou esquecido. É melhor ainda saber que alguns destes filmes estão vindo do Brasil.
Filmes humanísticos que recomendo assistir e abordam a questão existencial. Espero que essa lista começe a crescer mais.
“Dead poets Society” (1989)
“Norikos Dinner Table” (2006)
“Le Scaphandre et le Papillon” (2007)
“Night Train/Ye Che” (2007)
“Into the Wild”(2007)
“The visitor” (2007)
“The guitar” (2008)
“Elegy” (2008)
“Bezerra de Menezes” (2008)
“Die Welle” (2008)
“Entre les murs” (2008)
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Gostei muito do seu blog , diferente e sujestivo Parabéns !!! olha no meu blog eu falo de um tema atual , leia mas uma vez que vc vai entender ok !!! a proposta é essa mesmo !!!Abraço e SUCESSO !!!
ResponderExcluir