quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Jogos Mortais 6 - Vivendo a armadilha do Jigsaw

Era uma tarde de sábado e eu como apreciador de filmes de suspense, resolvi assistir Jogos Mortais 6, no Salvador Shopping. O carro parou e subi a escada rolante para comprar o ingresso. Quando o filme acabou, havia juntado sete reais para pegar um táxi e ir ao Shopping Iguatemi. Ao chegar lá, aproveitaria a corrida curta e pegaria um ônibus executivo para chegar em casa. Minha idéia foi frustrada. Perguntei ao taxista quanto teria que pagar pela corrida "São doze reais", disse ele. Havia me esquecido do pequeno detalhe que os táxis aumentam, de forma exorbitante seus preços, a cada ano e sábado é bandeira 2. Pernas no chão e começa a guerra para pegar um ônibus.

Segui sobre as ruas da cidade que estavam vazias e desertas. Eu me senti dentro do Jigsaw (armadilha de Jogos Mortais). Apesar de ser cedo, umas oito horas da noite, o clima de medo pairava sobre Salvador, Só havia pessoas na rua, em silêncio, nervosas para pegar o ônibus e ir para o seu destino. Passaram mais de dez coletivos, para diversos lugares como Pau da Lima, Lobato e Paripe, mas nenhum para a área da Barra ou adjancências. Uma ironia, pois além do ponto estar a poucos minutos do Shopping Salvador, considerado de elite, pegar um ônibus na periféria é sempre mais díficil. Passaram duas horas e o ônibus da Barra não veio. Peguei um outro coletivo e fui para Avenida Vasco da Gama. Parei no ponto que o motorista havia me recomendado.

Antes de atravessar a rua, vários carros passaram no sinal vermelho, por causa da tal lei de trânsito que permite que carros passem o sinal a noite. Atravessei a rua e avistei duas pessoas parecendo que estavam tirando alguma coisa do carro, óbvio que não fiquei para ver o que era. Esperei aproximadamente meia hora entrei no ônibus e enfim cheguei em casa. Quando estava no elevador de casa, a sensação era justamente não de ter assistido o filme mas, de ter conseguido sair da armadilha do Jigsaw capitalista.

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